quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Uma Civilização Avançada


Os egípcios possuíam apreciáveis conhecimentos de astronomia e de matemática. O seu desenvolvimento resultou, em grande parte, das necessidades de prever a época das cheias do Nilo, traçar os planos de construção dos templos e túmulos, calcular os rendimentos dos campos e os respectivos impostos.

A matemática, em particular, foi largamente desenvolvida. Os egíp­cios sabiam realizar operações de soma e de subtracção, extrair a raiz quadrada, calcular a área do círculo, do trapézio e o volume da esfera. Usavam apenas sete sinais para os números. Não tinham o zero nem a multiplicação ou a divisão. Para multiplicar, escreviam o número tantas vezes quantas precisavam e, depois, somavam.

No domínio da astronomia, dividiram o ano em 365 dias, e estes por três estações - a da cheia, a da sementeira e a da colheita. Por outro lado, sabiam prever eclipses da lua e do sol.

Calendário egípcio
Os deuses, coroados com discos vermelhos simbolizam dias ou meses específicos enquanto os discos maiores, simbolizam dias festivos ,divididos em horas, dos doze meses do ano. Cada mês dividia-se em 30 dias e, no final do ano, eram acrescentados cinco dias para fazer a concordância com o ritmo das estações.

A medicina atingiu, também, um significativo nível de desenvolvi­mento. Devido à prática da mumificação de cadáveres, os egípcios tinham grandes conhecimentos da anatomia do corpo humano e sabiam fazer operações cirúrgicas.
Sekhmet (aquela que tem o poder), a deusa com corpo de mulher e cabeça de leoa era a protectora da saúde e da cura , talvez a primeira patrona dos médicos modernos.

SekhmetReligião Egípcia

Os Egípcios, tal como os outros povos da Antiguidade, eram extremamente religiosos. Adoravam muitos deuses, isto é, eram politeístas. Cada região tinha os seus deuses, mas alguns eram adorados em todo o Egipto, como Osíris e Ísis (deuses ligados à fer­tilidade e fecundidade da terra e ao culto dos mortos), o deus-falcão Hórus (protector dos faraós, particularmente adorado durante o Império Antigo) e Ámon-Rá (o deus-Sol).
Relacionado com o culto dos deuses, estava o culto dos mortos. Como acreditavam na vida de além-túmulo, os egípcios criaram complicadas técnicas de embalsamamento dos cadáveres pois também acreditavam na reencarnação das almas. Por essa razão os corpos precisavam de estar intactos (mumificados) e para a alma reconhecer o corpo que habitara, desenhavam o mais fiel possível na tampa do sarcófago o rosto do morto que lá estava depositado.
No século XIV a.c., no reinado de Amenófis IV (c. 1377/1359 a.c.), o politeísmo egípcio foi temporariamente abolido e imposto o culto a um único deus - Áton, que simbolizava o Sol. Contudo, logo após a morte do faraó, regressou-se ao culto dos deuses tradicionais e ao politeísmo.

A Esfinge



A grande esfinge do Egipto guarda o descanso dos grandes faraós. Foi construída por volta 2800 a.c., embora haja quem defenda que é mais antiga e tem cerca de 70m de comprimento por 20m de largura. É a maior figura do mundo esculpida em pedra.
Nos séculos XVIII e XIX apenas era visível a cabeça, tendo sido os engenheiros franceses da expedição de Napoleão que a libertaram da areia. No original era pintada com tinta vermelha tal como as pirâmides eram revestidas em branco. O seu rosto, de 4m de largura, parece representar o faraó Kefren.
Em 2006
Religião









Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma, na sua reencarnação e que depois da morte existia uma outra vida. Após a morte, a alma ia ao tribunal de Ósiris, onde era julgada.
Como acreditavam na reencarnação era necessário que o corpo estivesse conservado para quando a alma regressasse ao corpo que havia habitado. Para isso realizavam o processo de mumificação (embalsamamento do corpo) e pintavam no sarcófago a cara do defunto para que a alma o reconhecesse.

Pintura e Relevo no Antigo Egipto




Pintura
O relevo e a pintura estavam ao serviço da glorificação do faraó e da reli­gião. A maior parte dos relevos esculpidos destinava-se a decorar túmulos e templos. Nas paredes das câmaras funerárias dos túmulos, várias pinturas reprodu­ziam cenas religiosas e da vida quotidiana.
No relevo e na pintura egípcias, a representação da figu­ra humana obedecia a certas regras :
- cabeça e pés de perfil, tronco de frente (lei da frontali­dade)
- cenas representadas em bandas, umas sobre as outras (ausência de perspectiva)
- dimensão das figuras de acordo com a sua categoria social (lei da proporcionalidade)

Relevo


Pintura (em tiras ou bandas)

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