segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Civilização Egípcia

A Civilização Egípcia foi uma das mais importantes civilizações que se desenvolveram na região do Crescente Fértil.
Instalada no extremo nordeste da África, numa região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície do rio Nilo.
A Civilização Egípcia formou-se a partir da mistura de diversos povos, entre eles, os hamíticos, os semitas e os núbios, que surgiram no Período Paleolítico.
Os primeiros núcleos populacionais só começaram a se formar durante o Período Neolítico, onde as comunidades passaram a se dedicar mais à agricultura do que a caça ou a pesca.
Por volta de 4000 a.C., os antigos núcleos deram lugar a pequenas unidades políticas, os nomos, governados por nomarcas, que se reuniram em dois reinos, um do Baixo Egito, ao norte e outro do Alto Egito, ao sul.
Por volta de 3200 a.C., Menés, o governante do Alto Nilo, unificou os dois reinos e tornou-se o primeiro faraó, dando origem ao período dinástico, que pode ser dividido em três momentos distintos: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.
Antigo Império (3200 – 2300 a.C.) – época em que foi concluída a unificação do Egito. A capital egípcia passou a ser Tínis e depois transferida para Mênfis, na Região do Cairo (capital atual do Egito).
O faraó, considerado uma divindade, governava com poder absoluto. Entre 2700 e 2600 a.C., foram construídas as pirâmides de Guizé, atribuídas aos faraós Quéopes, Quéfren e Miquerinos.
Civilização Egípcia
Médio Império (2000 – 1580 a.C.) - nessa fase os faraós reconquistaram o poder que estava enfraquecido por ação dos nomarcas. Na Palestina conquistada, foi encontrada mina de cobre, e na Núbia, mina de ouro.
Entre 1800 e 1700 a.C.), os hebreus retirando-se da Palestina, chegaram ao Egito. Os hicsos, povo nômade, de origem asiática, invadem o pais, permanecendo na região até 1580 a.C.)
Novo Império (1580 – 525 a.C.) – foi marcado pela expulsão dos hicsos, pelo grande desenvolvimento militar e pela conquista de um vasto território. Os hebreus foram escravizados e por volta de 1250 a.C., sob a liderança de Moisés, os hebreus conseguiram fugir do Egito, no episódio que ficou conhecido como Êxodo e está registrado no Antigo Testamento da Bíblia.
O auge da civilização egípcia foi atingido durante o longo governo do faraó Ramsés II (1292 – 1225 a.C.), que derrotou vários povos asiáticos.
Após seu reinado, as lutas entre os sacerdotes e os faraós enfraquecem o Estado, o que estimulou novas invasões. Em 525 a.C., os persas comandados por Cambires, derrotaram os egípcios na Batalha de Pelusa e conquistaram definitivamente a região.
A partir de então, o Egito deixaria de ser independente por pelo menos 2500 anos, período em que se tornaria sucessivamente, província dos persas, território ocupado por macedônios, romanos, árabes, turcos e finalmente ingleses.
As invasões constantes exerceram grande influência na cultura egípcia, sobretudo o domínio macedônico que permitiu a penetração das ideias gregas.
Esse domínio instaurou uma dinastia de origem macedônica, chamada ptolomaica ou lágida, à qual Cleópatra pertenceu.
Seu filho com o imperador romano Júlio César foi o último rei ptolomaico. Em seguida, a região caiu sob o domínio romano e mais tarde árabe Nesse período foram introduzidos elementos culturais cristãos e muçulmanos sucessivamente.

Religião na Civilização Egípcia

A sociedade egípcia era marcada por uma profunda religiosidade. Politeístas, adoravam diversos deuses: Amon-Ra, protetor dos faraós; Ptah, protetor dos artesãos; Thot, deus da ciência e protetor dos escribas; Ambis, protetor dos embalsamentos; Maat, deusa da justiça, entre outros.
Acreditavam em vida após a morte e no retorno da alma ao corpo, cultuavam os mortos e desenvolviam técnicas de mumificação, para conservar os corpos.

Ciências na Civilização Egípcia

Os egípcios desenvolveram o estudo da matemática e da geometria, voltada principalmente para a construção civil. Usaram a raiz quadrada e as frações; calculavam também a área do círculo e do trapézio.
A preocupação com as cheias e vazantes do Nilo estimulou o desenvolvimento da astronomia. Observando os astros, localizaram planetas e constelações.
O dia era dividido em 24 horas. A semana tinha dez dias e o mês, três semanas. O ano de 365 dias era dividido em estações agrárias: cheia, inverno e verão.
O desenvolvimento da prática da mumificação permitiu o maior conhecimento da anatomia humana, tornando possível a realização de cirurgias no crânio. Tratavam de doenças do estômago, coração e de fraturas.
A escrita desenvolveu-se de três formas:

    Civilização Egípcia
  1. Hieroglífica – a escrita sagrada dos túmulos e templos; a mais antiga, anterior a 3000 a.C., composta por mais de 600 caracteres.
  2. Hierática – uma simplificação da hieroglífica. Seu uso estava ligado à religião e ao poder;
  3. Demótica – era a escrita popular, formada por cerca de 350 sinais, usada nos contratos redigidos pelos escribas.
  4. História
  5. Egito Antigo

  6. O Egito antigo, localizado no extremo Nordeste da África, numa região desértica, cortada no sentido Sul Norte por um estreito e fértil vale, por onde corre o rio Nilo, foi palco de uma das mais importantes civilizações da antiguidade.
    A vida às margens do rio Nilo era regada pelo ciclo das cheias, que ao voltarem ao normal, deixava o solo recoberto com um limo, muito fértil, que facilitava a prática da agricultura.
    Formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, organizadas em comunidades chamadas monos, que funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
    Por volta de 3500 a.C., os monos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Por volta de 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio unificado. Começava um longo período de apogeu da sociedade egípcia - a era dos grandes faraós.

    Sociedade Egípcia

    A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social. No topo da sociedade encontrava-se o faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro Deus. Por isso, o governo era considerado uma monarquia teocrática. Por ser o chefe político de um Estado, tinha imenso poder sobre tudo e todos.
    Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas (sacerdotes, nobres e funcionários), e as não privilegiadas (artesãos, camponeses, escravos e soldados). Os sacerdotes formavam junto com os nobres, a corte real. Os nobres formavam uma aristocracia hereditária e compunham a elite militar e latifundiária.
    Os funcionários estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Os artesão eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios. Os camponeses formavam a maior parte da população, exerciam a agricultura e eram forçados a pagar altos impostos. Os soldados eram mercenários estrangeiros contratados pelo Estado.
    Na sociedade egípcia as mulheres tinham uma posição de prestígio. Podiam exercer qualquer função política, econômica ou social em igualdade com os homens de sua categoria social.

  7. Mumificação

    A mumificação era a técnica desenvolvida pelos egípcios para conservar o corpo, pois a morte apenas separava o corpo da alma. A vida poderia durar eternamente, desde que a alma encontrasse no túmulo o corpo destinado a servi-lhe de moradia. Para eles, depois de julgada e absolvida pelo tribunal de Osíris, a alma vinha em busca do corpo.
    A mumificação consistia em extrair as vísceras e imergir o corpo numa mistura de água e carbonato de sódio. Depois eram inseridas substâncias aromáticas, como mirra e canela, para evitar a deterioração.
    O corpo era envolvido em faixas de pano, sobre as quais passava-se cola especial para impedir o contato com o ar. Colocado em um sarcófago, o corpo era levado ao túmulo, que podiam ser simples ou imensas pirâmides, onde os faraós tinham lugar reservado numa câmara secreta.

    Arquitetura Egípcia

    A principal arte desenvolvida no Egito antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada pela religiosidade, voltou-se principalmente para a construção de grandes templos (moradas dos deuses), como os de Karnac, Luxor, Abu-Simbel e as célebres pirâmides de Gizé (túmulos dos faraós), atribuídas a Quéops, Quéfren e Miquerinos.
    A escultura egípcia atingiu o auge com a construção de grandes proporções como as esfinges e as estátuas dos faraós. Merece atenção as obras de pequeno porte como os sarcófagos, de pedra ou madeira, nos quais os artífices procuravam reproduzir as feições do morto, para ajudar a alma a encontrar o corpo.
    Chegavam a incrustar nos olhos, pupilas de cristal. A pintura representava cenas do dia a dia, permitindo hoje se reconstruir a vida cotidiana dos egípcios.

    Economia Egípcia

    A economia egípcia era baseada na agricultura, principalmente de trigo, cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. O rio Nilo era responsável por mover a economia e garantir a unidade política ao antigo Egito.
    De suas águas dependia a vida de milhares de pessoas. A construção de diques, reservatórios e canais de irrigação, era tarefa do Estado. Era desenvolvida a pesca, a caça e a criação de animais.
    Uma característica da economia era que não havia propriedade privada da terra, que pertencia a comunidade como um todo. Os camponeses e artesãos eram obrigados a dar parte de seus produtos para o Estado em troca do direito de cultivar o solo.

  8. Alexandre Magno, O Grande

  9. Alexandre Magno (ou Alexandre, o Grande), nasceu em 356 a.C., na Macedônia, ao norte da Grécia, foi príncipe e rei da Macedônia.

    Biografia

    Alexandre, filho de Filipe II, rei da Macedônia, que havia conquistado a Grécia, lhe ensinou a arte da guerra. Quando o rei Filipe II foi assassinado em 336 a.C., Alexandre Magno tornou-se rei dos macedônios e assumiu dois altos postos: chefe da Liga de Corinto (união de várias cidades) e comandante do mais preparado exército da época. Aluno do filósofo Aristóteles, assimilou valores da cultura grega e logo partiu para a expansão territorial, tomando a Ásia Menor, a Pérsia e chegando até as margens do rio Indo na Índia.
    A Grécia estava sob o domínio da Macedônia. As conquistas de Alexandre Magno infiltraram o helenismo por todo o Oriente. Várias cidades receberam o nome de Alexandria e se tornaram centro de difusão da cultura grega no Oriente. Suas obras chamam atenção pela harmonia, como se pode observar no Partenon, o mais célebre dos templos gregos na Acrópole e o Farol de Alexandria, no Egito, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

    Império de Alexandre Magno

    Alexandre Magno ou Alexandre o Grande, assumiu o império, após a morte do pai mas, não se contentou com a conquista da Grécia, logo partiu para o Oriente. O Oriente Médio, como passagem obrigatória para as comunicações entre o Ocidente e o Extremo Oriente, sempre foi cobiçado pelos gregos. Estendido por toda essa área privilegiada, o império persa, era entrave nas rotas terrestres dos helenos, que queriam expandir-se.
    No ano de 334 a.C., Alexandre atravessou o Helesponto – como era chamada a faixa de mar entre a Grécia europeia e a Grécia asiática, e apossou-se da Ásia Menor. Em seguida venceu o exército persa, comandado pelo próprio rei persa, Dario III. Se dirigiu para a Fenícia e tomou o porto de Tiro. Marchou para o Egito, que era dominado também pelos persas. Diante do poder de Alexandre Magno, Dario III propôs um acordo de paz, que foi recusado.
    Em 331 a.C. os persas foram vencidos definitivamente. Como imperador, Alexandre avançou para as principais cidades persas - Babilônia, Susa e Persépolis, em busca de seus tesouros. O império de Alexandre continuou avançando e chegou a Índia, percorreu a região do rio Indo e só não chegou ao rio Ganges, porque teve sua primeira e única derrota: a recusa de seu exército de continuar. Seus guerreiros cansados dos oito anos de luta, se recusaram a segui-lo.

  10. Administração do Império de Alexandre Magno

    A administração do vasto império de Alexandre Magno era baseada em três pilares: a harmonia dos diferentes povos conquistados; o enriquecimento recíproco das culturas dominantes e dominadas e uma administração humana e produtiva dos bens conquistados. Fundador da cultura helenística – onde os povos vencidos eram respeitados, criou condições para uma integração dentro do vasto império que conquistou, com isso surgiu a cultura helenística da fusão da cultura helênica (grega) com a cultura oriental.
    Na administração, o ouro persa foi absorvido na cunhagem de moedas que circulavam por todo o império. Os caminhos da conquista viraram estradas. Nas diversas Alexandrias que fundou, surgiram centros de cultura e comércio. São remanescentes a Alexandria no Egito e Alexandria na Turquia.
    A maioria dos governantes regionais foi mantida a supervisionada. Cada grupo de província tinha um responsável pelas finanças, que prestava contas a Babilônia, onde Harpalo, homem de confiança do imperador, dirigia toda a economia.

    Exército de Alexandre Magno

    Alexandre Magno teve um exército poderoso – a falange – formação militar típica da Grécia antiga, aperfeiçoado por Filipe II. Era composto por várias fileiras laterais de soldados armados com uma lança de 6 metros (sarissa). Nove mil homens eram distribuídos em seis batalhões. Verdadeira parede de lanças, impenetrável.
    A infantaria era composta por soldados da Liga de Corinto e utilizada principalmente para estabelecer as comunicação entre as tropas. A cavalaria evoluía a partir da velha cavalaria armada macedônia, com várias gerações de lutas. Havia também dois batalhões de arqueiros, lançadores de azagaias - lanças curtas de arremesso, além de grupos especiais para travessia de rios ou transposição de qualquer outro obstáculo.

    Morte de Alexandre Magno

    Alexandre Magno morreu em 323 a.C. com 33 anos, deixando um dos mais vastos impérios até então. Sem um herdeiro, o império de Alexandre acabou dividido entre seus principais generais. Muito vasto e heterogêneo este império logo se desagregaria. Nos séculos II e I a.C. aos poucos os reinos helenísticos foram conquistados pelos romanos, que se tornaram sucessores do império criado por Alexandre Magno.

  11. Grécia Antiga

  12. Período Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.)

    A Grécia antiga se formou da miscigenação dos povos Indo-Europeus ou arianos (aqueus, jônios, eólios, dórios) que migraram para a região situada no sul da península Balcânica, entre os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu. Acredita-se que por volta de 2000 a.C. chegaram os aqueus, que viviam num regime de comunidade primitiva.
    Depois de estabelecerem contato com os cretenses, de quem adotaram a escrita, se desenvolveram, construíram palácios e cidades fortificadas. Organizaram-se em vários reinos liderados pela cidade de Micenas. Daí o nome Civilização Aqueia de Micenas.
    Depois de aniquilarem a civilização cretense,dominaram várias ilhas do Mar Egeu. Destruíram Troia, cidade rival. Porém, no século XII a.C. foi destruída pelos dórios, que impuseram um violento domínio sobre toda a região, arrasaram as cidades da Hélade e provocaram a dispersão da população, o que favoreceu a formação de várias colônias. (1ª diáspora grega).
     Período Pré-Homérico.

    Período Homérico (séculos XII - VIII a.C.)

    As invasões dóricas provocaram um retrocesso das relações sociais e comerciais entre os gregos. Em algumas regiões surgiram o genos – comunidade formada por numerosas famílias, descendentes de um mesmo ancestral.
    Nessas comunidades, os bens eram comuns a todos, o trabalho era coletivo, criavam gado e cultivavam a terra. Tudo era dividido entre eles, que dependiam das ordens do chefe comunitário, chamado Pater, que exercia funções religiosas, administrativas e jurídicas.
    Com o aumento da população e o desequilíbrio entre a população e o consumo, os genos começaram a desagregar. Muitos começaram a deixar o genos e procurar melhores condições de sobrevivência, iniciando o movimento colonizador por boa parte do Mediterrâneo.
    Esse movimento que marca a desintegração do sistema gentílico é chamado de 2ª diáspora grega. Esse processo resultou na fundação de diversas colônias, entre elas: Bizâncio, mais tarde Constantinopla, Marselha e Nice, na França atual; Nápoles, Tarento, Síbaris, Crotona e Siracusa, conhecidas em conjunto como Magna Grécia, no sul da atual Itália e na Sicília.
     Período Homérico.

    Período Arcaico (séculos VIII-VI a.C.)

    O período Arcaico se inicia com a decadência da comunidade gentílica, os aristocratas resolvem se unir criando as frátrias (irmandades formadas por indivíduos de vários genos). Estas se uniram formando tribos. As tribos construíram, em terrenos elevados, as cidades fortificadas chamadas acrópoles. Estavam nascendo as cidades – Estados (pólis) gregas.
    Atenas e Esparta serviram de modelo para as demais pólis gregas. Esparta era uma cidade aristocrática, fechada às influências estrangeiras e uma cidade agrária. Os espartanos valorizavam a autoridade, a ordem e a disciplina. Tornou-se um Estado militarista.
    Foi uma cidade de escassa realização intelectual. Atenas dominou durante muito tempo o comércio entre gregos e, em sua evolução política, conheceu várias formas de governo: monarquia, oligarquia, tirania e democracia. Atenas simbolizou o esplendor cultural da Grécia Antiga.
    Período Arcaico.

    Período Clássico (séculos V-IV a.C.)

    O início do Período Clássico foi marcado pelas Guerras Médicas, entre as cidades gregas e os persas, que ameaçavam o comércio e a segurança das pólis.
    Após as guerras, Atenas tornou-se líder da Confederação de Delos, uma organização composta por várias cidades-Estados que contribuíam com navios e dinheiro para manter a resistência naval contra uma possível invasão estrangeira.
    O período da hegemonia ateniense coincidiu com a prosperidade econômica de Atenas, com o esplendor cultural da Grécia – quando a filosofia, o teatro, a escultura e a arquitetura atingiram sua maior grandeza.
    Pretendendo impor também sua hegemonia no mundo grego, Esparta compôs com outras cidades-Estados a Liga do Peloponeso e declarou guerra a Atenas em 431 a.C. Depois de 27 anos de lutas, Atenas foi derrotada.
    Anos mais tarde Esparta perdeu a hegemonia para Tebas e durante esse período a Grécia foi conquistada pelos exércitos da Macedônia.
    O período no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico, ficou conhecido como período helenístico. Grécia foi governada pelo imperador Felipe II e em seguida por seu filho Alexandre Magno, que conquistou um grande império. A fusão da cultura grega com a ocidental recebeu o nome de Cultura Helenística

  13. Roma Antiga

  14. Situada na Península Itálica, centro do Mediterrâneo europeu, a região sofreu a invasão de diversos povos que se espalharam por todo o território.

    Fundação de Roma

    A fundação de Roma está envolta em lendas. Segundo a narrativa do poeta Virgílio, em sua obra Eneida, os romanos descendem de Enéias, herói troiano, que fugiu para a Itália após a destruição de Troia pelos gregos, por volta de 1400 a.C.
    Reza a lenda que os gêmeos Rômulo e Remo, descendentes de Enéias, foram jogados no rio Tibre, por ordem de Amúlio, usurpador do trono.
    Amamentados por uma loba e depois criados por um camponês, os irmãos voltam para destronar Amúlio. Os irmãos receberam a missão de fundar Roma, em 753 a.C. Rômulo, após desentendimentos, assassinou Remo e se transformou no primeiro rei de Roma.
    Na realidade Roma formou-se da fusão de sete pequenas aldeias de pastores latinos e sabinos situadas às margens do rio Tibre. Depois de conquistada pelos etruscos chegou a ser uma verdadeira cidade-Estado.

    Monarquia Romana (753 a.C. a 509 a.C.)

    Na Roma monárquica a sociedade era formada basicamente por duas classes sociais, os patrícios, a classe dominante (nobres e proprietários de terra) e os plebeus (comerciantes, artesãos, camponeses e pequenos proprietários). Entre os patrícios e os plebeus haviam os clientes (prestadores de serviços).
    Na monarquia romana o rei exercia funções executiva, judicial e religiosa. O Senado, composto pelos patrícios, assessorava o rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo rei e tinha o poder de vetar as leis apresentadas pelo rei. A Assembleia Curiata, que elegia o rei e elaborava as leis, que eram submetidas à aprovação do Senado.
    As lendas narram os acontecimentos dos sete reinados da época. Durante o governo dos três últimos, que eram etruscos, o poder político dos patrícios declinou.
    A aproximação dos reis com a plebe descontentavam os patrícios, Em 509 a.C. o último rei etrusco foi deposto. O golpe político marcou o fim da monarquia.

    República Romana (509 a.C. a 27 a.C.)

    A implantação da república significou a afirmação do Senado, o órgão de maior poder político entre os romanos. O poder executivo ficou a cargo das magistraturas, ocupadas pelos patrícios.
    A república romana foi marcada pela luta de classes entre patrícios e plebeus. Os patrícios lutavam para preservar privilégios e defender seus interesses políticos e econômicos, mantendo os plebeus sob sua dominação.
    Entre 449 e 287 a.C. os plebeus organizaram cinco revoltas que resultaram em várias conquistas: Tribunos da plebe, Leis das XII tábuas, Leis Licínias e Lei Canuléia. Com essas medidas as duas classes praticamente se igualaram.

    A Expansão Romana

    A primeira etapa das conquistas romanas foi marcada pelo domínio de toda a Península Ibérica a partir do século IV a.C.
    A segunda etapa foi o início das Guerras de Roma contra Cartago, chamadas Guerras Púnicas (264 a 146 a.C.). Em 146 a.C. Cartago foi totalmente destruída. Em pouco mais de cem anos, toda a bacia do Mediterrâneo já era de Roma.

    Crise da República

    Na República romana, a escravidão era a base de toda produção e o número de escravos ultrapassava os de homens livres. A violência contra os escravos causou dezenas de revoltas.
    Uma das principais revoltas escravos foi liderada por Espártaco. entre 73 a 71 a.C. À frente das forças rebeldes, Espártaco ameaçou o poder de Roma.
    Para equilibrar as forças políticas, em 60 a.C., o Senado indicou três líderes políticos ao consulado, Pompeu, Crasso e Júlio César, estava formado o primeiro Triunvirato.
    Após a morte de Júlio César, foi instituído o segundo Triunvirato formado por Marco Aurélio, Otávio Augusto e Lepido.
    As disputas de poder eram frequentes. Otávio recebeu do senado o título de Princeps (primeiro cidadão) foi a primeira fase do império disfarçado de República.

    Império Romano (27 a.C. a 476)

    O imperador Otávio Augusto (27 a.C. a 14) reorganizou a sociedade romana. Ampliou a distribuição de pão e trigo e de divertimentos públicos - a política do pão e circo.
    Depois de Augusto, várias dinastias se sucederam. Entre os principais imperadores estão: Tibério (14 a 37), Calígula (37 a 41), Nero (54 a 68), Tito (79 a 81), Trajano (98 a 117), Adriano (117-138), Marco Aurélio (161 a 180).
    Leia também: Império Romano.

    Decadência do Império Romano

    A partir de 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados, cujo principal objetivo era combater as invasões.
    Do ponto de vista político, o século III caracterizou-se pela volta da anarquia militar. Num período de apenas meio século (235 a 284) Roma teve 26 imperadores, dos quais 24 foram assassinados.
    Com a morte do imperador Teodósio, em 395, o Império Romano foi dividido entre seus filhos Honório e Arcádio. Honório ficou com o Império Romano do Ocidente, capital Roma, e Arcádio ficou com o Império Romano do Oriente, capital Constantinopla.
    Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegrou-se, O imperador Rômulo Augústulo foi deposto. Da poderosa Roma, restou apenas o Império Romano do Oriente, que se manteria por muitos séculos. O ano de 476 é considerado pelos historiadores o marco divisório da Antiguidade.
    Saiba mais em Sacro Império Romano

  15. Deuses Romanos
    Os Deuses Romanos são divindades que fazem parte da mitologia romana. Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Netuno era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão romano.
    Deuses RomanosEstátua de Netuno
    A expansão territorial do Império levou à incorporação de cultos orientais, como o deus persa Mitra, o qual incluía a crença num redentor que perpetrava o batismo e a comunhão pelo pão e pelo vinho.

    A Religião Romana

    A religião romana configura-se como politeísta; ela possui um número imenso de divindades, as quais surgiram na medida em que Roma conquistava novos povos que habitaram a península do Lácio, entre os quais Sabinos, Latinos, Etruscos, que viviam naquele território e de outros, como os Gregos e Frísios, que viviam em outras regiões fora da península.
    Devemos ressaltar aqui, o fato de a cultura e religião gregas terem influenciado muito os romanos na formação de seu panteão, ao ponto de alguns estudiosos afirmarem que eles conquistaram aquele povo, mas por eles foram, culturalmente conquistados.
    A Mitologia romana divide-se entre a tardia e mais literária e a antiga e ritualística e, ademais, ainda são divididos em 2 grupos: os "di indigetes", cujos deuses são do território de Roma, e os"di novensides", cuja origem é estrangeira.
    Por outro lado, possuíam um sistema bastante elaborado de rituais, como o "Pax Deorum" – que consistia muitas vezes em danças, invocações ou sacrifícios, os quais eram aprendidos em escolas de sacerdócio e grupos relacionados aos deuses.
    Note que, apesar de serem imortais, estes deuses possuíam características e atitudes humanas e, por esse motivo, precisavam ser apaziguados.
    Saiba mais sobre a história no artigo: Roma Antiga.

    Deuses Romanos e Correlatos Gregos

    Inspirados sobretudo pela mitologia grega, quase todos os deuses romanos possuem seus correlatos gregos e por isso, sua união é conhecida por mitologia greco-romana. Observe abaixo a tabela:
    Deuses RomanosEstátua de Diana
    Deuses RomanosSignificadoCorrelato Grego
    Apolo (Appolo)Deus da música, da poesia, da adivinhação (oráculos) e do Sol. É considerado o protetor das artes.Apolo
    Baco (Bacchus)Deus do vinho e do delírio místico.Dionísio
    Carmenta (Carmenta)Deusa das fontes e da profecia.
    Ceres (Ceres)Deusa dos frutos e da terra. Ceres apareceu em Roma quando os Etruscos atacaram a cidade.
    Deméter
    Cibele (Cybela)Mãe dos deuses e Deusa da Natureza.
    Reia
    Conso (Consus)Deus protetor do grão enterrado. O rapto das Sabinos aconteceu na sua primeira festa.

    ​Diana (Diana)
    Deusa da Lua, da caça, da castidade.Ártemis
    Eros (Eros)O Amor personificado.Eros
    Fauno (Faunus)Deus da fecundidade e dos animais, e ainda, protetor dos rebanhos e dos pastores.
    Flora (Flora)Deusa de tudo o que floresce e esposa de Zéfiro.Clóris
    Jano (Ianus)Deus da luz. Jano possui dois rostos (um atrás e outro à frente). O seu templo, na entrada do fórum, tinha a porta aberta em tempo de guerra. Foi-lhe consagrado o mês de Janeiro.
    Juno (Iuno)Esposa de Júpiter, deusa da mulher, protetora do casamento e dos filhos.Hera
    Júpiter (Iuppiter)Rei dos Deuses e grande protetor de Roma. É ainda considerado o Deus do céu, da chuva, da luz e do raio.Zeus
    Liber (Liber)Deus da vinha (que muitas vezes é confundido com Baco).
    Marte (Mars, Martis)Pai de Rômulo e do povo romano é o Deus das colheitas e da guerra. Foi-lhe consagrado o nome do primeiro mês do primitivo ano dos romanos.Ares
    Mercúrio (Mercurius)Deus do comércio, das estradas, da eloquência. Além disso é considerado o mensageiro dos Deuses.
    Hermes
    Minerva (Minerua)Deusa dos artistas e da inteligência. Além disso é a protetora do comércio e da indústria.Atena
    Neptuno (Neptunus)Deus do Mar.Poseidon
    Pales (Pales)Considerado um gênio, Pales é o Deus ou deusa dos rebanhos e dos pastores.
    Plutão (Pluto)Deus dos Infernos.Hades
    Pomona (Pomona)Divindade dos frutos e das árvores.
    Quirino (Quirinus)Deus das colheitas, confundido com Rômulo e com Marte.
    Saturno (Saturnus)Relacionado ao céu, Saturno é o pai de Júpiter e Deus das sementeiras.Cronos
    Telure (Tellus)Deusa da terra ou das colheitas.Geia
    Urano (Uranus) Urano -Personificação do céu.
    Vertumno (Vertumnus)Deus das estações do ano e do comércio.
    Vesta (Vesta)Deusa do lar e do fogo.Héstia
    Vênus (Venus)Nascida das ondas do mar, Vênus é a Deusa do amor e da beleza.Afrodite
    Vulcano (Vulcanus)Deus do fogo e marido de Vênus. Com o auxílio dos Ciclopes, forjava os raios de Júpiter.Hefesto
    ​​Saiba mais sobre as principais figuras que inspiraram a formação do panteão romano: Os Deuses Gregos. Além disso, para expandir ainda mais seus conhecimentos, veja também o atigo Mitologia Romana

  16. .Deuses Egípcios

  17. Os Deuses Egípcios são divindades que fazem parte da mitologia do Egito Antigo. Essas divindades eram onipresentes e metamórficas que influenciavam os elementos e controlavam a natureza.
    Deuses EgípciosIlustração de Deuses Egípcios

    Religião no Egito Antigo

    No Egito Antigo a religião era politeísta, isso significa que os egípcios cultuavam inúmeros deuses, com papéis e características variadas. Eles eram cultuados em todo o Egito e também fora dele, chegando alguns até a Europa.
    Os deuses egípcios têm muito em comum com os homens: podem nascer, envelhecer, morrer; além de possuírem um nome, sentimentos e corpo que deve ser alimentado.
    No entanto, estes aspectos muito humanos escondem uma natureza excepcional: seu corpo, composto de matérias preciosas, é dotado de um poder de transformação, donde suas lágrimas podem dar nascimento a seres ou minerais.
    Desse modo, existem aspectos destes deuses em várias combinações: totalmente humanas, inteiramente animais, com corpo de homem e cabeça de animal, com o animal inteiro no lugar da cabeça (o escaravelho, por exemplo) ou com cabeça humana.
    Não obstante, o culto mais conhecido era o de Ísis e Osíris. Deles, acreditavam-se que tenham povoado todo o Egito, bem como instruído aos camponeses as técnicas de agricultura. Observe que haviam guerras entre as cidades egípcias as quais possuíam deuses rivais.

    Principais Deuses Egípcios e Seus Significados

    Rá-Atum

    Primeiro deus do panteão, Rá-Atum é o responsável pela criação do mundo. Representado pelo Sol, ele é descrito de diversas formas, sendo a mais comum com a face de uma ave de rapina. Os egípcios acreditavam que seu rei (o Faraó) era a encarnação de Rá.

    Osíris

    Descendente de Rá, Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro Faraó do Egito.

    Ísis

    Esposa-irmã de Osíris, Ísis estava relacionada à magia. Ela é protetora e piedosa.

    Set

    Deus do caos, Set é responsável pelas guerras e por toda a escuridão. Possui a forma do porco-formigueiro. Set matou seu irmão: Osíris.

    Nephthys

    Foi irmã-esposa de Set. Após a morte de Osíris, separou-se de Set e juntou-se à sua irmã Ísis em luto.

    Hórus

    Filho de Osíris e Ísis, Hórus é representado com cabeça de falcão. É o protetor dos faraós e das famílias. Lutou contra Set pelo trono do principal deus do Egito após o assassinato de seu pai, Osíris.

    Hathor

    Deusa guardiã das mulheres e protetora dos amantes. Hathor é esposa de Hórus, representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.

    Anúbis

    Com cabeça de chacal, nasceu da união de Osíris e Nephthys. Foi responsável pela mumificação ao embalsamar o corpo do pai.

    Thoth

    Alguns textos evocam-no como filho de Rá, enquanto outros, como de Set. Patrono da Lua, da sabedoria e da cura, Thoth possui a cabeça de uma ave.

    Bastet

    Ligada à fertilidade, Bastet é a deusa da sexualidade e do parto.

    Sekhmeth

    Deusa com cabeça de leoa. Sekhmeth é filha de Rá e por isso, reflete o aspecto destrutivo do Sol.
    Agora que você já sabe quais são os principais deuses do Egito Antigo, veja também os Deuses Gregos e os Deuses Romanos.
    

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