Segundo a lenda, a civilização romana (Roma) teria sido fundada em 753 a.C. por Rômulo e Remo, os quais teriam sido criados por uma loba.
A civilização romana foi uma das mais importantes de toda a Idade Antiga, uma vez que influenciou definitivamente o mundo ocidental. A mesma surgiu na Península Itálica, entre os mares Tirreno e Adriático. Os principais povoadores da região foram os italiotas, povos vindos da Europa Central, os etruscos, dos quais se tem pouca informação, e os gregos, povos que formaram a Magna Grécia.Roma se transformou no maior império de sua época, mantendo uma extensão territorial que contemplava desde o sudeste europeu até toda a bacia do Mediterrâneo. A civilização romana deixou um legado importantíssimo para as sociedades vindouras, com destaque para o desenvolvimento do direito, da arquitetura e do alfabeto latino. Sua história é dividida em três grandes fases: Monarquia, República e Império.
Civilização Romana: Monarquia (753 a 509 a.C.)
Nos primeiros cem anos da Monarquia, a civilização romana era apenas uma pequena aldeia. Com a conquista dos etruscos, ocorreu uma rápida modernização de Roma. Nessa época a sociedade era dividida da seguinte forma:- Patrícios: grandes proprietários de terra, privilegiados e detentores de direito político;
- Plebeus: pequenos proprietários e comerciantes; eram livres, mas não participavam da vida política;
- Clientes: prestavam serviços aos patrícios e em troca recebiam proteção e benefícios de cunho econômico;
- Escravos: prisioneiros de guerra sem direito algum.
Durante a Monarquia, Roma foi governada por um rei, chefe militar e religioso supremo com cargo vitalício, por um Senado, reunião dos chefes das famílias patrícias que elaboravam as leis e limitavam as ações do rei, e posteriormente por uma Assembleia Curiata, formada por todos os patrícios adultos que discutiam e votavam as leis elaboradas pelo Senado.
Civilização Romana: República (509 a 27 a.C.)
Durante a República, o lugar do rei foi ocupado por uma classe de altos funcionários: os magistrados. Desta forma, o Senado passou a ser o principal órgão político de Roma.- Lei das Doze Tábuas: conjunto de normas gravadas sobre pranchas de bronze e expostas publicamente, já que as mesmas eram transmitidas oralmente somente aos patrícios;
- Lei Canuléia: permitia o casamento entre plebeus e patrícios;
- Lei Licínia: proibia a escravidão por dívida.
Roma passou a dominar uma extensa região, intervindo na Macedônia, na Grécia, em vários reinos da Ásia Menor e no Egito. Como consequência destas conquistas militares, podemos citar o crescimento do comércio romano, o contato com a cultura de muitas regiões e um considerável desenvolvimento econômico.
No final do período da República, se via uma grande diferença na sociedade romana: de um lado, a massa de plebeus pobres e miseráveis, e de outro, a nobreza sustentando seus luxos. Diante dessa situação, os irmãos Tibério e Caio Graco, tributos da plebe, tentaram uma reforma agrária propondo a distribuição de terras entre camponeses plebeus e certas limitações ao crescimento dos latifúndios. A proposta não foi aceita pelo Senado e os irmãos Graco acabaram sendo assassinados.
Com a morte de Tibério e Caio Graco, um clima de desordem e agitação tomou conta das cidades romanas. Isso fez com que diversos chefes militares tenham lutado pelo poder.
Civilização Romana: Império (27 a.C. – 476)
Após vencer Marco Antônio, Otávio assumiu o poder e procurou estabelecer uma relação harmônica com o Senado, aspecto que pode ser percebido mediante os vários títulos que os senadores lhe concederam, como “Príncipe” (mais importante cidadão do mundo romano), “Augusto” (divino) e “Imperador” (general vitorioso).Entre os anos de 14 e 235, Roma se transformou na capital do mundo e viveu seu apogeu. Durante esse período, o Império Romano foi governado por quatro dinastias de imperadores:
- Dinastia Júlio-Claudiana (14-68): imperadores Tibério, Calígula, Cláudio e Nero;
- Dinastia Flávia (69-96): imperadores Vespasiano, Tito e Domiciano;
- Dinastia Antonina (96-192): imperadores Nerva, Trajano, Adriano, Antonino Pio, Marco Aurélio e Cômodo;
- Dinastia Severa (196-235): imperadores Sétimo Severo, Caracará Macrino, Heliogábalo e Severo Alexandre
Arte Romana
A arte romana estende-se do século VIII a.C. ao século IV d.C. De fato, os romanos foram povos fortemente influenciados pela cultura e crenças dos gregos. Um exemplo disso é a própria mitologia romana, algo muito similar ao que se via na Grécia.
De fato, a sociedade romana era muito cosmopolita e aberta, o que permitiu a incorporação de certos elementos gregos, como os estilos jônio, dórico e coríntio, além de traços dos etruscos, como o arco e a abóbada. Entretanto, não podemos dizer em hipótese alguma que a arte romana foi uma mera cópia. Entre suas principais características, podemos citar a ideia de energia, força, realismo e grandeza material.
Na arquitetura, é possível apontar a grandeza e a imponência das obras como suas principais características. Edifícios públicos, templos, anfiteatros (o Coliseu, por exemplo) e monumentos comemorativos são alguns tipos de construções feitas na época. Tais obras, além de ressaltarem a riqueza do Império Romano, foram responsáveis por urbanizar Roma de uma forma como nunca se viu. Ao mesmo tempo em que esculturas gregas eram copiadas, os artistas romanos desenvolviam um estilo próprio.
Diferentemente dos gregos, os romanos não apreciavam o nu atlético. Pelo contrário, consideravam o rosto e as expressões faciais os elementos mais importantes de uma obra. Além disso, os mesmos também se diferenciavam na praticidade, retratando as pessoas conforme realmente eram, e não segundo um ideal de beleza, como se via na arte grega. Na pintura, os romanos utilizavam mosaicos de cores vivas para representar cenas cotidianas, paisagens e animais.
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