quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Estradas romanas — monumentos à antiga engenharia
QUAL é o mais significativo de todos os monumentos romanos? Diria que é o Coliseu, cujas ruínas podem ser vistas em Roma? Se quiséssemos considerar as construções romanas que mais duraram ou que ajudaram a moldar a História, teríamos de pensar nas estradas.
Mais do que apenas mercadorias e exércitos passaram pelas estradas romanas. O epigrafista Romolo A. Staccioli diz que pelas estradas “passaram idéias, influências artísticas e filosóficas, e doutrinas religiosas”, incluindo as do cristianismo.
Nos tempos antigos, as estradas romanas eram consideradas monumentos. No decorrer de alguns séculos, os romanos construíram uma eficiente rede de estradas que se estendia por mais de 80 mil quilômetros numa área hoje ocupada por mais de 30 países.
A primeira importante via publica, ou estrada, conforme seria chamada hoje, foi a Via Ápia. Conhecida como rainha das estradas, ela ligava Roma a Brundisium (hoje Brindisi), a cidade portuária que era a passagem para o Leste. O nome dessa estrada veio de Ápio Cláudio Ceco, autoridade romana que começou a construí-la por volta de 312 AEC. Roma também era servida pela Via Salaria e Via Flaminia, que se estendiam ao leste em direção ao mar Adriático, abrindo caminho para os Bálcãs e para as regiões do Reno e do Danúbio. A Via Aurelia ia para o norte em direção à Gália e à península Ibérica; e a Via Ostiensis, em direção a Óstia, o porto preferido de Roma para viagens à África.
A maior obra de construção de Roma
Estradas eram importantes para Roma mesmo antes de seus habitantes começarem a construir estradas novas. A cidade surgiu onde rotas antigas se convergiam, no único vau existente no curso inferior do rio Tibre. De acordo com documentos antigos, para melhorar as estradas que encontraram, os romanos imitaram os cartagineses. Mas quem na verdade precedeu os romanos na arte da construção de estradas provavelmente foram os etruscos. Ainda se podem ver as ruínas de suas estradas. Além do mais, naquela área já existiam muitas rotas bem movimentadas antes do tempo dos romanos. Essas talvez fossem usadas para transferir animais de um pasto a outro. Mas era difícil viajar por essas estradas, pois eram poeirentas na estação seca, e lamacentas na chuvosa. Os romanos com freqüência construíam suas estradas em cima dessas trilhas.
As estradas romanas foram cuidadosamente projetadas e construídas para serem sólidas, úteis e bonitas. O ideal era que ligassem o ponto de partida ao destino pelo trajeto mais curto possível, o que explica o motivo de muitas terem longos trechos retos. No entanto, muitas vezes as estradas tinham de acompanhar os contornos do terreno. Quando possível, em áreas íngremes e montanhosas, os engenheiros romanos construíam as estradas na horizontal, na metade das elevações, no lado da montanha que pegava sol. Para os usuários, essa posição minimizava as inconveniências causadas por tempo ruim.
Como os romanos construíam suas estradas? Havia variações, mas apresentamos aqui basicamente o que as escavações arqueológicas revelam.
Primeiro se definia o trajeto da estrada, tarefa que era confiada aos topógrafos da época. Então, o trabalho pesado de cavar ficava com legionários, trabalhadores ou escravos. Escavavam-se duas valas paralelas. A distância mínima entre as valas era de uns 2 metros e meio, mas normalmente era de 4 metros, sendo ainda maior nas curvas. A largura de uma estrada pronta podia ser de até 10 metros, incluindo as passagens para pedestres nos dois lados. A terra entre as duas valas era retirada, formando um buraco. Uma vez que se alcançasse uma base sólida, o espaço esvaziado era enchido com três ou quatro camadas de diferentes materiais. A primeira podia ser de pedras grandes ou entulho. Então viriam pedras menores ou achatadas, talvez ligadas por argamassa. Em cima, colocava-se cascalho compactado ou pedra britada.
A superfície de algumas estradas romanas nada mais era do que cascalho compactado. Mas eram as estradas pavimentadas que chamavam a atenção dos que viviam naquela época. O revestimento de tais estradas era feito com grandes placas lisas de pedra, geralmente extraídas de rochas encontradas na localidade. A superfície das estradas era abaulada ou convexa, sendo um pouco mais alta no centro, o que facilitava o escoamento da água de chuva da parte central para as sarjetas nas laterais. Construir as estradas dessa maneira contribuiu para a durabilidade desses monumentos e possibilitou que algumas das estradas perdurassem até hoje.
Cerca de 900 anos após a construção da Via Ápia, o historiador bizantino Procópio a descreveu como “maravilhosa”. Com respeito às pedras grandes e achatadas que formavam o piso das estradas, ele escreveu: “Apesar de ter passado muito tempo e da grande quantidade de carruagens que transitam por elas dia após dia, sua aparência não foi nem um pouco danificada nem perderam seu acabamento liso.”
Como podiam essas estradas transpor obstáculos naturais, como os rios? Uma das maneiras eram as pontes, das quais algumas existem até hoje, comprovando a notável habilidade técnica dos antigos romanos. Os túneis no sistema romano de estradas talvez sejam menos conhecidos, mas sua construção foi ainda mais desafiadora devido às técnicas existentes naquela época. Uma obra de referência diz: “A engenharia romana . . . obteve resultados que estavam destinados a permanecer inigualados por séculos.” Um exemplo é o túnel no desfiladeiro Furlo na Via Flaminia. Lá em 78 EC, depois de um cuidadoso planejamento feito pelos engenheiros, um túnel de 40 metros de comprimento, 5 metros de largura e 5 metros de altura foi escavado em rocha maciça. Foi realmente uma proeza impressionante se levarmos em conta as ferramentas disponíveis naquele tempo. Construir um sistema de estradas como esse foi um dos maiores empreendimentos da humanidade.
Viajantes e a divulgação de idéias
Soldados e comerciantes, pregadores e turistas, atores e gladiadores — todos usavam essas estradas. Os que viajavam a pé podiam percorrer por volta de 25 a 30 quilômetros por dia. Os viajantes podiam obter informações sobre distâncias por consultarem os marcos miliários. Essas pedras de vários formatos, geralmente cilíndrico, ficavam posicionadas a cada 1.479,5 metros — o comprimento de uma milha romana. Também havia postos para descanso onde os viajantes podiam trocar de cavalo, comprar algo para comer ou, em certos casos, pernoitar. Alguns desses postos de serviço se transformaram em pequenas cidades.
Pouco antes do nascimento do cristianismo, César Augusto iniciou um programa de manutenção de estradas. Ele designou autoridades para cuidar de uma ou mais estradas. Mandou construir, no Fórum Romano, o que ficou conhecido como miliarium aureum, o marco miliário de ouro. Essa coluna com letras de bronze revestidas de ouro era o ponto final ideal de todas as estradas romanas da Itália. Isso deu origem ao provérbio “Todos os caminhos levam a Roma”. Augusto também colocou em exibição mapas do sistema de estradas do império. Pelo visto a rede estava em ótimas condições para as necessidades e padrões da época.
Alguns viajantes antigos até mesmo utilizavam guias escritos, ou itinerários, para facilitar suas jornadas. Esses guias davam informações tais como a distância entre os vários pontos de parada e a descrição dos serviços disponíveis nesses locais. Mas eles eram caros e, portanto, não ao alcance de todos.
Mesmo assim, os evangelizadores cristãos planejavam e faziam muitas viagens longas. O apóstolo Paulo, assim como seus contemporâneos, costumava viajar pelo mar quando ia para o leste, aproveitando a direção dos ventos predominantes. (Atos 14:25, 26; 20:3; 21:1-3) No Mediterrâneo, nos meses de verão, esses sopram a partir do oeste. No entanto, quando Paulo viajava para o oeste, em geral ia por terra, usando as estradas romanas. Seguindo esse padrão, Paulo organizou sua segunda e terceira viagens missionárias. (Atos 15:36-41; 16:6-8; 17:1, 10; 18:22, 23; 19:1)* Por volta de 59 EC, Paulo foi a Roma pela Via Ápia e encontrou seus irmãos na fé no movimentado Foro de Ápio, ou Feira de Ápio, 74 quilômetros ao sudeste de Roma. Outros esperaram por ele uns 15 quilômetros mais perto de Roma no posto de descanso das Três Tavernas. (Atos 28:13-15) Por volta de 60 EC, Paulo podia dizer que as boas novas haviam sido pregadas “em todo o mundo” até então conhecido. (Colossenses 1:6, 23) O sistema de estradas teve seu papel em tornar isso possível.
Portanto, as estradas romanas revelaram ser monumentos duradouros e extraordinários, e contribuíram para a divulgação das boas novas do Reino de Deus.
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis, basicamente, pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células.
O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Sistema Respiratório
Órgãos do Sistema Respiratório

Cavidades Nasais

Cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.
No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidifica o ar. É rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe

Faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório.
Em sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

Laringe

Laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe, está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. A laringe é também o órgão principal da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais.

Traqueia

Traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta. É revestida por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado.

Brônquios

Brônquios são duas ramificações da traqueia formadas também por anéis cartilaginosos. Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os bronquíolos. Cada brônquio se ramifica subdividindo-se várias vezes, formando a árvore brônquica.

Pulmões

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos, situados na caixa torácica.
Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, são os alvéolos pulmonares.

Sistema Esquelético
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto sustenta e dá forma ao corpo, além de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma fratura.
Se quiser leia também: sistema muscular

Estrutura dos Ossos

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguíneo) e de tecido nervoso.
Sistema EsqueléticoTecido ósseo
Os ossos longos são formados de camadas, a saber:
  • Periósteo: a mais externa, é uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e tendões.
  • Osso compacto: O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe dão resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e vasos, entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.
  • Osso esponjoso: o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa estrutura está presente e pode conter medula óssea.
  • Canal medular: é a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos longos.
  • Medula óssea: A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em alguns ossos deixa de existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.
Sistema Esquelético Estrutura de um osso longo
Veja um resumo sobre os ossos e o esqueleto.
O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas, podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares. Pode ser dividido em esqueleto axial e apendicular.
Sistema EsqueléticoPrincipais ossos do esqueleto humano

Esqueleto Axial

Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do corpo. Compõem essa parte do esqueleto: a cabeça (crânio e ossos da face), a coluna vertebral e as vértebras, o tórax (costelas e esterno) e o osso hioide.

Crânio e Ossos da Face

A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana) e há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno. O crânio é extremamente resistente, seus ossos intimamente ligados e sem movimentos. Protege o cérebro e contém os órgãos do sentido.

Coluna Vertebral

A coluna é formada por vértebras ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os movimentos. É constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas.
  • Cervicais: são 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis) favorecem os movimentos do crânio;
  • Torácicas ou dorsais: são 12 e articulam-se com as costelas;
  • Lombares: essas 5 vértebras são as maiores e que suportam mais peso;
  • Sacro: essas 5 vértebras são chamadas sacrais, estão separadas no nascimento e fundem-se mais tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura pélvica.
  • Cóccix: são 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um osso único no início da idade adulta.
Leia mais sobre a coluna vertebral

Tórax

Constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte posterior. Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes (falsas) ligam-se entre si e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem.

Osso hioide

É um osso em forma de U que atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço.

Esqueleto Apendicular

Esta parte do esqueleto inclui os "apêndices" do corpo; são os ossos dos membros superiores e inferiores e ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulações.

Cintura Escapular

É formada pelas clavículas e escápulas. A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero (articulação do ombro).
Para saber mais: articulações

Membros Superiores

O úmero é o osso mais longo do braço, articula-se com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino. Os ossos da mão são 27, divididos em carpos(8), metacarpos(5) e falanges (14).

Cintura Pélvica

É formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro. A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é mais larga, menos profunda e com a cavidade maior; isso permite a sua abertura no momento do parto para a passagem do bebê.

Membros Inferiores

São os ossos responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação, para isso têm de suportar o peso e manter o equilíbrio. O fêmur é o mais longo osso do corpo, tem a cabeça arrendondada para encaixar na pelve. A patela é um osso sesamoide, articulado com o fêmur. A tíbia suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo. A fíbula é um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé. Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges(14).

Ossificação e Remodelação Óssea

O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e termina no início da vida adulta. No entanto o osso sofre continuamente um processo de remodelação, em que parte do tecido existente é reabsorvido e novo tecido é formado.
No embrião o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas morrem. Células jovens denominadas osteoblastos agem produzindo colágeno e na mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido conjuntivo e ocupam a matriz cartilaginosa. No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais, que aprisionam os osteoblastos na matriz óssea, transformando-os em osteócitos, são essas células que estão presentes no osso já formado. Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o canal o medular.
Se quiser leia também o artigo: cartilagem

Fraturas

Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua resistência podem se romper. As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas pressões atuam repetidamente no local, ou ainda por doença por exemplo a osteoporose, condição em que o osso sofre desmineralização perdendo cálcio para o sangue.
Sistema Esquelético
Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de sangue, morrem células e a matriz óssea é destruída. Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de células precursoras das células ósseas originando um tecido reparador, nessa região é formado um calo ósseo. Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar do tempo o calo será substituído pelo osso esponjoso e mais tarde pelo osso compacto reconstituindo o tecido como era antes.

Sistema Digestivo, Sistema Digestório

O Sistema Digestório (antes Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo) é formado por um conjunto de órgãos cuja função é transformar os alimentos, por meio de processos mecânicos e químicos.
Sistema Digestivo, Sistema Digestório

Componentes do Sistema Digestório

O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em: Tubo digestório (propriamente dito) e os Órgãos anexos.
O tubo digestório (antes conhecido por tubo digestivo) divide-se em: alto, médio e baixo:
  • Tubo digestório alto: boca, faringe e esôfago.
  • Tubo digestório médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
  • Tubo digestório baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto).
  • Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.
Veja aqui como funciona a digestão.

Tubo Digestório Alto

Formado pela boca, faringe e esôfago.
Sistema Digestivo, Sistema DigestórioÓrgãos e anexos do Trato Digestório Alto
BOCA
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares.
Com isso, durante a mastigação os alimentos passam primeiro pelo processo da digestão mecânica, ação dos dentes e da língua. Posteriormente, passam pela atividade enzimática da ptialina (amilase salivar). Sendo assim, na rápida passagem dos alimentos pela boca, a ptialina começa a atuar sobre o amido (encontrado na batata, farinha de trigo, arroz) transformando-o em moléculas menores de maltose.
Leia mais sobre a Saliva.
FARINGE
A faringe é um tubo muscular membranoso, que se comunica com a boca, através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago. Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum, para o sistema digestório e o sistema respiratório.
No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. Nesse momento a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe, impedindo a penetração do alimento nas vias respiratórias.
Leia mais sobre a deglutição e o processo da digestão.
ESÔFAGO
Sistema Digestivo, Sistema Digestório
O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo. Assim, por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.

Tubo Digestório Médio

Formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

ESTÔMAGO

Sistema Digestivo, Sistema Digestório Anatomia de Estômago Sadio e de Estômago com Úlcera
O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, responsável pela digestão das proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma.
Possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região estreita, recebe o nome de "piloro".
O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege de agressões do suco gástrico, que é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica).
A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico sendo regulada pela ação de um hormônio, a gastrina.
A gastrina é produzida no próprio estômago no momento que moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transforma em moléculas menores. Estas são as proteoses e peptonas.
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino delgado.
INTESTINO DELGADO
Sistema Digestivo, Sistema DigestórioÓrgãos Anexos que participam do Processo Digestivo no Intestino
O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc.
O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.
Assim, o duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.
Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.
Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas, contendo enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, de maneira que favorece a neutralização do quimo. Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno, vai-se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
Já o jejuno e o íleo é considerada a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo.
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta grossa, com detritos não assimilados e com bactérias, já fermentado, que segue para o intestino grosso.
Leia também sobre o Intestino Delgado.

Tubo Digestório Baixo

Formado pelo intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto).
INTESTINO GROSSO
Sistema Digestivo, Sistema Digestório
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos. Está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Sendo portanto importante incluir as fibras na alimentação para auxiliar a formação das fezes

Intestino Grosso

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O intestino grosso é um órgão que faz parte do sistema digestório. É o local de absorção da água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas e de alguns nutrientes que o intestino delgado não assimilou, também há armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão.

Anatomia do Intestino Grosso

Intestino GrossoIntestino Grosso
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É composto por três partes: o ceco, o cólon e o reto.

Ceco

Tem a forma de um saco com cerca de 5 cm, é a primeira parte do intestino grosso, onde os resíduos alimentares, já constituindo o bolo fecal, passam ao cólon.

Cólon

É a maior parte do intestino grosso. Se subdivide em 4 partes: o cólon ascendente, o cólon transverso o cólon descendente e a curva sigmoide.
Quando o alimento chega ao cólon descendente, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e o reto.
As fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal.
Glândulas da mucosa do intestino grosso, secretam muco, que lubrifica o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
A parte terminal do intestino grosso possui tecidos produtores de células que atuam na defesa do organismo.

Reto

É a parte final do intestino grosso, e termina com o canal anal que se comunica com o exterior através do ânus, por onde são eliminados os resíduos fecais.
O esfíncter é um músculo localizado ao redor do ânus, que controla a passagem das fezes.

Doenças do Intestino Grosso

No intestino grosso é muito frequente a incidência de câncer. A doença começa benigna e nesse período é possível ser curada, impedindo sua degeneração e consequente transformação em tumor maligno.
A diverticulite é uma inflamação de um divertículo (pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal). Na maioria dos casos os divertículos se localizam no cólon sigmoide. Quando inflamados podem formar pus, se romper e infeccionar todo abdome.
A colite ulcerosa é uma doença inflamatória do cólon, caracterizada por úlceras cronicas ou feridas abertas.
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo (1) grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.
Sistema Endócrino

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento. É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais. O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta provoca o nanismo. Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo economizar água na excreção (formação da urina).

Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia. Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados).
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio.

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue. A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam violentamente. Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções. Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:
  • Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;
  • Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as células;
  • Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.

Sistema Linfático
O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo, constituído pelos nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por transportar a linfa dos tecidos para o sistema circulatório. Além disso, o sistema linfático possui outras funções, a saber: proteção de células imunes (atua junto ao sistema imunológico), absorção dos ácidos graxos e equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.
Sistema Linfático

Componentes do Sistema Linfático

  • Linfonodos (gânglios linfáticos): Chamados de nódulos linfáticos, os linfonodos são pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha. Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue, além de atuarem na defesa do organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo.
  • Linfa: a linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue, que circula pelos vasos linfáticos, todavia não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso. Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado, sendo transportada pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
  • Vasos Linfáticos: Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo. Atuam no sistema de defesa do organismo visto que retiram células mortas do organismo e transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.
  • Baço: Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás do estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo, na medida em que suas funções são: produção de anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e liberação de hormônios.
  • Timo: órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa do organismo. Curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho.
  • Tonsilas Palatinas: Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como amídalas ou amígdalas palatinas responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo, principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que produzem linfócitos.

Algumas Doenças do Sistema Linfático

  • Elefantíase: A filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical infecciosa” e corresponde à inflamação dos vasos linfáticos transmitida por inseto (mosquito culex). Seu nome está associado com a retenção de líquido ou o inchaço dos membros, fazendo com que as pernas dos doentes tenham aspecto de elefante.
  • Linfedema: caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos, a linfedema leva ao inchaço excessivo dos membros.

Curiosidades

  • Outras doenças associadas ao sistema linfático são a celulite (acúmulo de gordura), amenizada com o tratamento da drenagem linfática; a íngua (inchaço dos gânglios linfáticos) e alguns tipos de câncer (linfoma), por exemplo o câncer de mama.
  • No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.
Sistema Circulatório
O Sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos sanguíneos, é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo.
A partir disso, a circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração.
Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação.
Interessado no Sistema Circulatório dos animais? Veja no final desse artigo.

Pequena Circulação

Sistema Circulatório
A Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar é o caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração. Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.
Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

Grande Circulação

A Grande Circulação ou Circulação Sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais células do corpo e vice-versa.
No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo.
Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso.
Por fim,o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.

Componentes do Sistema Circulatório

Sangue

O sangue é um tecido líquido e exerce papel fundamental no sistema circulatório. É pela corrente sanguínea que o sangue leva oxigênio e nutrientes para as células.
Desse modo, ele retira dos tecidos as sobras das atividades celulares, como o gás carbônico produzido na respiração celular, e conduz os hormônios pelo organismo.

Coração

O coração é um órgão muscular, que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Funciona como uma bomba dupla, de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue arterial para as diversas partes do corpo, enquanto o lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões.
O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contração, denominado sístole e relaxamento, denominado diástole. As principais estruturas são:
  • Pericárdio: membrana que reveste o exterior do coração.
  • Endocárdio: membrana que reveste o interior do coração.
  • Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio, responsável pelas contrações do coração.
  • Átrios ou aurículas: cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração.
  • Ventrículos: cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração.
  • Válvula Tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito.
  • Válvula Mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.

Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos são tubos do sistema circulatório, distribuídos por todo o corpo, por onde circula o sangue. São formados por uma rede de artérias e veias que se ramificam formado os capilares.
Artérias
As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue para as outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico, que suporta a pressão do sangue.
O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões através das artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do coração para os tecidos do corpo através da artéria aorta.
As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se ramificam ainda mais, originando os capilares.
Veias
As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias. A maior parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. Contudo, as veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Capilares
Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório. Suas paredes apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre o sangue e as células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração.
Pelo corpo de uma pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla rede de vasos sanguíneos, bombeados pelo coração.

Sistema Circulatório dos Vertebrados

Os animais vertebrados tem um coração que bombeia o sangue para os vasos sanguíneos, que se ramificam formando uma ampla rede de vasos muito finos. Essa rica vascularização favorece as trocas gasosas e de nutrientes.
O coração musculoso apresenta dois tipos de câmaras intercomunicadas: o átrio ou aurícula, que recebe o sangue trazido pelas veias, e o ventrículo, que recebe sangue do átrio e o bombeia para as artérias. O sangue passa de uma cavidade a outra através de valvas cardíacas.
Sistema CirculatórioIlustração do coração dos vertebrados, mostrando as separações dos átrios e ventrículos.

Aves e Mamíferos

Nas aves e mamíferos o coração possui quatro câmaras, sendo portanto dois átrios e dois ventrículos, completamente separados. A circulação sanguínea é assim separada da circulação arterial, não havendo nenhuma mistura do sangue venoso com o arterial. É uma circulação muito eficiente.

Répteis

Os répteis, em sua maioria, possuem um coração com três câmaras. O ventrículo é parcialmente dividido, há mistura do sangue, mas em menor quantidade. Nos répteis crocodilianos a divisão dos ventrículos é completa e a circulação é mais complexa.

Anfíbios

Nos anfíbios três câmaras no coração: dois átrios e um ventrículo. O sangue venoso entra pelo átrio direito e o sangue arterial pelo esquerdo, em seguida passam para o ventrículo, onde ocorre a mistura dos dois tipos de sangue.

Peixes

Nos peixes, o coração tem apenas duas câmaras, um átrio e um ventrículo. O sangue venoso entra pelo átrio passa ao ventrículo e dali é bombeado para as brânquias, onde será oxigenado.

Sistema Circulatório dos Invertebrados

Alguns filos de animais invertebrados possuem um sistema circulatório fechado com um "coração "rudimentar que ajuda a bombear o líquido sanguíneo e vasos ramificados que o fazem chegar às diversas partes do corpo. Enquanto que em outros o sistema é aberto ou está ausente. Abaixo estão alguns exemplos:

Moluscos

Os moluscos possuem um sistema circulatório simples. Em algumas classes é fechado com um “coração”, situado dentro da cavidade pericárdica, que bombeia o líquido sanguíneo (hemolinfa), fazendo-o circular das artérias às diversas partes do corpo.
Em outros é aberto ou lacunar, com o líquido sanguíneo passando das artérias para cavidades entre os tecidos denominadas hemocelas. A hemolinfa possui o pigmento hemocianina, semelhante à hemoglobina que faz o transporte das substâncias.

Anelídeos

O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, com vários "corações" na parte anterior do corpo, que são vasos cujas paredes musculosas bombeiam o líquido sanguíneo. Há um pigmento semelhante à hemoglobina, mas que não está dentro de células e sim dissolvido no líquido sanguíneo.

Artrópodes

Possuem um coração tubular dorsal dividido internamente em câmaras com válvulas que as separam, chamadas de óstios. Alguns insetos tem corações acessórios.
Para saber mais: Corpo Humano e Sistemas do Corpo Humano.

Sistema Cardiovascular

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O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração.
Sistema Cardiovascular
Veja mais detalhes sobre o sistema circulatório humano e de outros animais.

Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares.

Artérias

As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do corpo.
A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.
As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez se ramificam ainda mais formando os capilares.

Veias

As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração.
Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Leia também:

Vasos Capilares

Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias.
Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do sangue para as células e vice-versa.

Coração

O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o corpo.
É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração.
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os átrios.
O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado esquerdo. No entanto, não há comunicação entre os dois átrios, nem entre os dois ventrículos.
Sistema Cardiovascular
Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.
O coração possui dois tipos de movimentos: a sístole e a diástole. A sístole é o movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue.

Pulsação

A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração.
Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas.
As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios.

Sistema Urinário
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins

Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.
Sistema UrinárioDetalhe de um Rim, mostrando em detalhe o Néfron.
Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada Néfron, que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.
Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal.
Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no néfron.
Sistema Urinário

Vias Urinárias

As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.
Sistema Urinário

Bexiga Urinária

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres

São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a bexiga.

Uretra

Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.

Sistema Urinário Masculino

Sistema UrinárioAnatomia Masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.
O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis.

Sistema Urinário Feminino

Sistema UrinárioAnatomia feminina mostrando órgãos do sistema urinário e reprodutivo.
O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.
Leia também:

Doenças do Sistema Urinário

Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra).

Doenças Renais

Nefrite

A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a superdosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas, como o mercúrio, o que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da pressão.

Hipertensão Arterial e Problemas Renais

Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se acumulam no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem renal nas pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças renais.

Infecções Bacterianas

Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio da uretra causando infecção bacteriana.

Doenças nas Vias Urinárias

Cálculos Renais

Sistema UrinárioEsquema da formação e localização de um cálculo no rim.
Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem se alojar nos rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta concentração de cálcio ou de outros tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no caso a urina).

Cistite

A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra no ato de urinar e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.

Uretite

A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente junto com a cistite.
Para saber mais: Corpo Humano e Sistemas do Corpo Humano.

Sistema Reprodutor Masculino
O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos, que passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja, quando as células sexuais ficam disponíveis para originar outro ser.

Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino

Sistema Reprodutor Masculino
Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: testículos, epidídimos, canais deferentes, vesículas seminais, próstata, uretra e pênis.

Testículos

Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos seminíferos".
Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas) masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios.
O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc.
Sistema Reprodutor MasculinoAnatomia interna do testículo

Epidídimos

Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides, produzidos no testículo, são armazenados.

Canal Deferente

O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Passa pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade abdominal, circunda a base da bexiga, alarga-se formando uma ampola.
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.
O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o “esperma” ou “sêmen”.

Vesícula Seminal

A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que neutraliza a ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra.
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina, evitando que os espermatozoides morram no caminho até os óvulos.

Próstata

A próstata é uma glândula, localizada sob a bexiga, que produz o "líquido prostático", uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma.
Saiba mais, leia também:

Uretra

A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sêmen a a urina.
Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.

Pênis

O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função reprodutora).
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sêmen).
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual, pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o homem tem um sonho à noite.

Doenças do Sistema Reprodutor Masculino

O.câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40 anos. Os sintomas são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, presença de sangue na urina, entre outros
Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos sendo que o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor. Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista (médico especialista nos sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos.
 
O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis, basicamente, pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células.
O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Sistema Respiratório
Órgãos do Sistema Respiratório

Cavidades Nasais

Cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe.
No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.
A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidifica o ar. É rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz.

Faringe

Faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório.
Em sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.

Laringe

Laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe, está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. A laringe é também o órgão principal da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais.

Traqueia

Traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta. É revestida por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado.

Brônquios

Brônquios são duas ramificações da traqueia formadas também por anéis cartilaginosos. Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os bronquíolos. Cada brônquio se ramifica subdividindo-se várias vezes, formando a árvore brônquica.

Pulmões

O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos, situados na caixa torácica.
Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, são os alvéolos pulmonares.

Sistema Esquelético
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O esqueleto sustenta e dá forma ao corpo, além de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva, muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma fratura.
Se quiser leia também: sistema muscular

Estrutura dos Ossos

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguíneo) e de tecido nervoso.
Sistema EsqueléticoTecido ósseo
Os ossos longos são formados de camadas, a saber:
  • Periósteo: a mais externa, é uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e tendões.
  • Osso compacto: O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe dão resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e vasos, entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.
  • Osso esponjoso: o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa estrutura está presente e pode conter medula óssea.
  • Canal medular: é a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos longos.
  • Medula óssea: A medula vermelha (tecido sanguíneo) produz células sanguíneas, mas em alguns ossos deixa de existir e há somente medula amarela (tecido adiposo) que armazena gordura.
Sistema Esquelético Estrutura de um osso longo
Veja um resumo sobre os ossos e o esqueleto.
O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas, podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares. Pode ser dividido em esqueleto axial e apendicular.
Sistema EsqueléticoPrincipais ossos do esqueleto humano

Esqueleto Axial

Os ossos do esqueleto axial estão na parte central do corpo, ou próximo da linha média, que é o eixo vertical do corpo. Compõem essa parte do esqueleto: a cabeça (crânio e ossos da face), a coluna vertebral e as vértebras, o tórax (costelas e esterno) e o osso hioide.

Crânio e Ossos da Face

A cabeça é formada por 22 ossos (14 da face e 8 da caixa craniana) e há ainda 6 ossos que compõem o ouvido interno. O crânio é extremamente resistente, seus ossos intimamente ligados e sem movimentos. Protege o cérebro e contém os órgãos do sentido.

Coluna Vertebral

A coluna é formada por vértebras ligadas entre si por articulações, o que torna a coluna bem flexível. Possui curvaturas que ajudam a equilibrar o corpo e amortecem os choques durante os movimentos. É constituída por 24 vértebras independentes e 9 que estão fundidas.
  • Cervicais: são 7 as vértebras do pescoço, sendo que a primeira (atlas) e a segunda (áxis) favorecem os movimentos do crânio;
  • Torácicas ou dorsais: são 12 e articulam-se com as costelas;
  • Lombares: essas 5 vértebras são as maiores e que suportam mais peso;
  • Sacro: essas 5 vértebras são chamadas sacrais, estão separadas no nascimento e fundem-se mais tarde formando um só osso. É um importante ponto de apoio para a cintura pélvica.
  • Cóccix: são 4 pequenas vértebras coccígeas que, como as sacrais, se tornam unidas em um osso único no início da idade adulta.
Leia mais sobre a coluna vertebral

Tórax

Constituído por 12 pares de costelas ligadas umas às outras pelos músculos intercostais. São ossos chatos e encurvados que se movimentam durante a respiração. As costelas são ligadas às vértebras torácicas na sua parte posterior. Anteriormente, os sete primeiros pares de costelas (chamadas verdadeiras) ligam-se ao esterno, os três seguintes (falsas) ligam-se entre si e os dois últimos pares (flutuantes) não se ligam a nenhum osso. O esterno é um osso plano que se liga às costelas por meio de cartilagem.

Osso hioide

É um osso em forma de U que atua como ponto de apoio para os músculos da língua e do pescoço.

Esqueleto Apendicular

Esta parte do esqueleto inclui os "apêndices" do corpo; são os ossos dos membros superiores e inferiores e ossos que os ligam ao esqueleto axial, as chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e articulações.

Cintura Escapular

É formada pelas clavículas e escápulas. A clavícula é longa e estreita, se articula com o esterno e na outra extremidade com a escápula, que é um osso chato e triangular articulado com o úmero (articulação do ombro).
Para saber mais: articulações

Membros Superiores

O úmero é o osso mais longo do braço, articula-se com o rádio, que é o mais curto e lateral, e também com a ulna, osso chato e bem fino. Os ossos da mão são 27, divididos em carpos(8), metacarpos(5) e falanges (14).

Cintura Pélvica

É formada pelos ossos do quadril, os ossos ilíacos (constituído pelo ílio, ísquio e púbis fundidos) e são firmemente ligados ao sacro. A união dos ossos ilíacos, do sacro e do cóccix formam a pelve, que nas mulheres é mais larga, menos profunda e com a cavidade maior; isso permite a sua abertura no momento do parto para a passagem do bebê.

Membros Inferiores

São os ossos responsáveis pela sustentação do corpo e movimentação, para isso têm de suportar o peso e manter o equilíbrio. O fêmur é o mais longo osso do corpo, tem a cabeça arrendondada para encaixar na pelve. A patela é um osso sesamoide, articulado com o fêmur. A tíbia suporta quase todo o peso na parte inferior do corpo. A fíbula é um osso mais fraco, ligado com a tíbia ajuda a mover o pé. Os pés têm 26 ossos divididos em: tarsos (7), metatarsos (5) e falanges(14).

Ossificação e Remodelação Óssea

O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas de vida e termina no início da vida adulta. No entanto o osso sofre continuamente um processo de remodelação, em que parte do tecido existente é reabsorvido e novo tecido é formado.
No embrião o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas morrem. Células jovens denominadas osteoblastos agem produzindo colágeno e na mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido conjuntivo e ocupam a matriz cartilaginosa. No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais, que aprisionam os osteoblastos na matriz óssea, transformando-os em osteócitos, são essas células que estão presentes no osso já formado. Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o canal o medular.
Se quiser leia também o artigo: cartilagem

Fraturas

Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua resistência podem se romper. As fraturas podem acontecer também por estresse, quando pequenas pressões atuam repetidamente no local, ou ainda por doença por exemplo a osteoporose, condição em que o osso sofre desmineralização perdendo cálcio para o sangue.
Sistema Esquelético
Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de sangue, morrem células e a matriz óssea é destruída. Uma intensa vascularização toma conta do local e há proliferação de células precursoras das células ósseas originando um tecido reparador, nessa região é formado um calo ósseo. Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar do tempo o calo será substituído pelo osso esponjoso e mais tarde pelo osso compacto reconstituindo o tecido como era antes.

Sistema Digestivo, Sistema Digestório

O Sistema Digestório (antes Sistema Digestivo ou Aparelho Digestivo) é formado por um conjunto de órgãos cuja função é transformar os alimentos, por meio de processos mecânicos e químicos.
Sistema Digestivo, Sistema Digestório

Componentes do Sistema Digestório

O Sistema Digestório (nova nomenclatura) divide-se em: Tubo digestório (propriamente dito) e os Órgãos anexos.
O tubo digestório (antes conhecido por tubo digestivo) divide-se em: alto, médio e baixo:
  • Tubo digestório alto: boca, faringe e esôfago.
  • Tubo digestório médio: estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
  • Tubo digestório baixo: intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto).
  • Órgãos anexos: glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar.
Veja aqui como funciona a digestão.

Tubo Digestório Alto

Formado pela boca, faringe e esôfago.
Sistema Digestivo, Sistema DigestórioÓrgãos e anexos do Trato Digestório Alto
BOCA
A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares.
Com isso, durante a mastigação os alimentos passam primeiro pelo processo da digestão mecânica, ação dos dentes e da língua. Posteriormente, passam pela atividade enzimática da ptialina (amilase salivar). Sendo assim, na rápida passagem dos alimentos pela boca, a ptialina começa a atuar sobre o amido (encontrado na batata, farinha de trigo, arroz) transformando-o em moléculas menores de maltose.
Leia mais sobre a Saliva.
FARINGE
A faringe é um tubo muscular membranoso, que se comunica com a boca, através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago. Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum, para o sistema digestório e o sistema respiratório.
No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. Nesse momento a epiglote fecha o orifício de comunicação com a laringe, impedindo a penetração do alimento nas vias respiratórias.
Leia mais sobre a deglutição e o processo da digestão.
ESÔFAGO
Sistema Digestivo, Sistema Digestório
O esôfago é um conduto musculoso, controlado pelo sistema nervoso autônomo. Assim, por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago.

Tubo Digestório Médio

Formado pelo estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).

ESTÔMAGO

Sistema Digestivo, Sistema Digestório Anatomia de Estômago Sadio e de Estômago com Úlcera
O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, responsável pela digestão das proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma.
Possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região estreita, recebe o nome de "piloro".
O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege de agressões do suco gástrico, que é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica).
A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico sendo regulada pela ação de um hormônio, a gastrina.
A gastrina é produzida no próprio estômago no momento que moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transforma em moléculas menores. Estas são as proteoses e peptonas.
Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino delgado.
INTESTINO DELGADO
Sistema Digestivo, Sistema DigestórioÓrgãos Anexos que participam do Processo Digestivo no Intestino
O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc.
O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo.
Assim, o duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal.
Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas.
Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas, contendo enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, de maneira que favorece a neutralização do quimo. Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno, vai-se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal.
Já o jejuno e o íleo é considerada a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo.
Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta grossa, com detritos não assimilados e com bactérias, já fermentado, que segue para o intestino grosso.
Leia também sobre o Intestino Delgado.

Tubo Digestório Baixo

Formado pelo intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto).
INTESTINO GROSSO
Sistema Digestivo, Sistema Digestório
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos. Está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto.
No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto.
O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes.
Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Sendo portanto importante incluir as fibras na alimentação para auxiliar a formação das fezes

Intestino Grosso

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O intestino grosso é um órgão que faz parte do sistema digestório. É o local de absorção da água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas e de alguns nutrientes que o intestino delgado não assimilou, também há armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão.

Anatomia do Intestino Grosso

Intestino GrossoIntestino Grosso
O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É composto por três partes: o ceco, o cólon e o reto.

Ceco

Tem a forma de um saco com cerca de 5 cm, é a primeira parte do intestino grosso, onde os resíduos alimentares, já constituindo o bolo fecal, passam ao cólon.

Cólon

É a maior parte do intestino grosso. Se subdivide em 4 partes: o cólon ascendente, o cólon transverso o cólon descendente e a curva sigmoide.
Quando o alimento chega ao cólon descendente, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e o reto.
As fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal.
Glândulas da mucosa do intestino grosso, secretam muco, que lubrifica o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação.
A parte terminal do intestino grosso possui tecidos produtores de células que atuam na defesa do organismo.

Reto

É a parte final do intestino grosso, e termina com o canal anal que se comunica com o exterior através do ânus, por onde são eliminados os resíduos fecais.
O esfíncter é um músculo localizado ao redor do ânus, que controla a passagem das fezes.

Doenças do Intestino Grosso

No intestino grosso é muito frequente a incidência de câncer. A doença começa benigna e nesse período é possível ser curada, impedindo sua degeneração e consequente transformação em tumor maligno.
A diverticulite é uma inflamação de um divertículo (pequenas bolsas que se projetam para fora da parede intestinal). Na maioria dos casos os divertículos se localizam no cólon sigmoide. Quando inflamados podem formar pus, se romper e infeccionar todo abdome.
A colite ulcerosa é uma doença inflamatória do cólon, caracterizada por úlceras cronicas ou feridas abertas.
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam. Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo (1) grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, faz a integração entre esses dois sistemas.

Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas endócrinas estão localizadas em diferentes partes do corpo: hipófise, tireoide e paratireoides, timo, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais.
Sistema Endócrino

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro. Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento. É considerada a glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais. O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento exagerado) e a falta provoca o nanismo. Outro hormônio produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo economizar água na excreção (formação da urina).

Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade do metabolismo celular, na manutenção do peso e do calor corporal, no crescimento e no ritmo cardíaco.
O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o metabolismo: o coração bate mais rápido, a temperatura do corpo fica mais alta do que o normal, a pessoa emagrece por gastar mais energia. Esse quadro favorece o aparecimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue circula com mais pressão. Se não tratada pode provocar o surgimento do bócio (inchaço no pescoço), e também a exoftalmia (olhos saltados).
O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos tiroxina. Assim, o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais lentamente, a pessoa gasta menos energia, tende a engordar e as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas e se não tratada pode ocorrer o bócio.

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo no sangue. A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz com que os músculos se contraiam violentamente. Esse sintoma é chamado de tetania, pois é semelhante ao que ocorre em pessoas com tétano. Por sua vez, o aumento da produção desse hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os ossos, tornando-os quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na defesa do organismo do recém-nascido contra infecções. Nessa fase, apresenta um volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no organismo são:
  • Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações tensas;
  • Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando mais energia para as células;
  • Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e desempenha importante papel na digestão.
A insulina controla a entrada da glicose nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia).
O glucagon funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de fraqueza, tontura, levando, em muitos caso, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a hipoglicemia.

Glândulas sexuais

As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.
Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave, ombros volumosos etc.

Sistema Linfático
O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo, constituído pelos nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa de vasos, responsável por transportar a linfa dos tecidos para o sistema circulatório. Além disso, o sistema linfático possui outras funções, a saber: proteção de células imunes (atua junto ao sistema imunológico), absorção dos ácidos graxos e equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos tecidos.
Sistema Linfático

Componentes do Sistema Linfático

  • Linfonodos (gânglios linfáticos): Chamados de nódulos linfáticos, os linfonodos são pequenos órgãos (com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha. Formados por tecido linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a linfa antes dela retornar ao sangue, além de atuarem na defesa do organismo, impedindo a permanência de partículas estranhas no corpo.
  • Linfa: a linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue, que circula pelos vasos linfáticos, todavia não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso. Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado, sendo transportada pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
  • Vasos Linfáticos: Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo. Atuam no sistema de defesa do organismo visto que retiram células mortas do organismo e transportam os linfócitos (glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.
  • Baço: Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás do estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo, na medida em que suas funções são: produção de anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e liberação de hormônios.
  • Timo: órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as substâncias como a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa do organismo. Curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho.
  • Tonsilas Palatinas: Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como amídalas ou amígdalas palatinas responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo, principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que produzem linfócitos.

Algumas Doenças do Sistema Linfático

  • Elefantíase: A filaríase ou filariose é conhecida como “doença tropical infecciosa” e corresponde à inflamação dos vasos linfáticos transmitida por inseto (mosquito culex). Seu nome está associado com a retenção de líquido ou o inchaço dos membros, fazendo com que as pernas dos doentes tenham aspecto de elefante.
  • Linfedema: caracterizada pela inflamação e obstrução dos vasos linfáticos, a linfedema leva ao inchaço excessivo dos membros.

Curiosidades

  • Outras doenças associadas ao sistema linfático são a celulite (acúmulo de gordura), amenizada com o tratamento da drenagem linfática; a íngua (inchaço dos gânglios linfáticos) e alguns tipos de câncer (linfoma), por exemplo o câncer de mama.
  • No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.
Sistema Circulatório
O Sistema circulatório ou cardiovascular, formado pelo coração e vasos sanguíneos, é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo.
A partir disso, a circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração.
Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação.
Interessado no Sistema Circulatório dos animais? Veja no final desse artigo.

Pequena Circulação

Sistema Circulatório
A Pequena Circulação ou Circulação Pulmonar é o caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração. Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.
Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

Grande Circulação

A Grande Circulação ou Circulação Sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais células do corpo e vice-versa.
No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo.
Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso.
Por fim,o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.

Componentes do Sistema Circulatório

Sangue

O sangue é um tecido líquido e exerce papel fundamental no sistema circulatório. É pela corrente sanguínea que o sangue leva oxigênio e nutrientes para as células.
Desse modo, ele retira dos tecidos as sobras das atividades celulares, como o gás carbônico produzido na respiração celular, e conduz os hormônios pelo organismo.

Coração

O coração é um órgão muscular, que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Funciona como uma bomba dupla, de modo que o lado esquerdo bombeia o sangue arterial para as diversas partes do corpo, enquanto o lado direito bombeia o sangue venoso para os pulmões.
O coração funciona impulsionando o sangue por meio de dois movimentos: contração, denominado sístole e relaxamento, denominado diástole. As principais estruturas são:
  • Pericárdio: membrana que reveste o exterior do coração.
  • Endocárdio: membrana que reveste o interior do coração.
  • Miocárdio: músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio, responsável pelas contrações do coração.
  • Átrios ou aurículas: cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração.
  • Ventrículos: cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração.
  • Válvula Tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito.
  • Válvula Mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.

Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos são tubos do sistema circulatório, distribuídos por todo o corpo, por onde circula o sangue. São formados por uma rede de artérias e veias que se ramificam formado os capilares.
Artérias
As artérias são vasos do sistema circulatório, que saem do coração e transportam o sangue para as outras partes do corpo. A parede da artéria é espessa, formada de tecido muscular e elástico, que suporta a pressão do sangue.
O sangue venoso, rico em gás carbônico, é bombeado do coração para os pulmões através das artérias pulmonares. Enquanto o sangue arterial, rico em gás oxigênio, é bombeado do coração para os tecidos do corpo através da artéria aorta.
As artérias se ramificam pelo corpo, ficam mais finas, formam as arteríolas, que se ramificam ainda mais, originando os capilares.
Veias
As veias são vasos do sistema circulatório, que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias. A maior parte das veias transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. Contudo, as veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
Capilares
Os capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias do sistema circulatório. Suas paredes apresentam apenas uma camada de células, que permitem a troca de substâncias entre o sangue e as células. Os capilares se ligam às veias, levando o sangue de volta para o coração.
Pelo corpo de uma pessoa adulta circula, em média, seis litros de sangue, numa ampla rede de vasos sanguíneos, bombeados pelo coração.

Sistema Circulatório dos Vertebrados

Os animais vertebrados tem um coração que bombeia o sangue para os vasos sanguíneos, que se ramificam formando uma ampla rede de vasos muito finos. Essa rica vascularização favorece as trocas gasosas e de nutrientes.
O coração musculoso apresenta dois tipos de câmaras intercomunicadas: o átrio ou aurícula, que recebe o sangue trazido pelas veias, e o ventrículo, que recebe sangue do átrio e o bombeia para as artérias. O sangue passa de uma cavidade a outra através de valvas cardíacas.
Sistema CirculatórioIlustração do coração dos vertebrados, mostrando as separações dos átrios e ventrículos.

Aves e Mamíferos

Nas aves e mamíferos o coração possui quatro câmaras, sendo portanto dois átrios e dois ventrículos, completamente separados. A circulação sanguínea é assim separada da circulação arterial, não havendo nenhuma mistura do sangue venoso com o arterial. É uma circulação muito eficiente.

Répteis

Os répteis, em sua maioria, possuem um coração com três câmaras. O ventrículo é parcialmente dividido, há mistura do sangue, mas em menor quantidade. Nos répteis crocodilianos a divisão dos ventrículos é completa e a circulação é mais complexa.

Anfíbios

Nos anfíbios três câmaras no coração: dois átrios e um ventrículo. O sangue venoso entra pelo átrio direito e o sangue arterial pelo esquerdo, em seguida passam para o ventrículo, onde ocorre a mistura dos dois tipos de sangue.

Peixes

Nos peixes, o coração tem apenas duas câmaras, um átrio e um ventrículo. O sangue venoso entra pelo átrio passa ao ventrículo e dali é bombeado para as brânquias, onde será oxigenado.

Sistema Circulatório dos Invertebrados

Alguns filos de animais invertebrados possuem um sistema circulatório fechado com um "coração "rudimentar que ajuda a bombear o líquido sanguíneo e vasos ramificados que o fazem chegar às diversas partes do corpo. Enquanto que em outros o sistema é aberto ou está ausente. Abaixo estão alguns exemplos:

Moluscos

Os moluscos possuem um sistema circulatório simples. Em algumas classes é fechado com um “coração”, situado dentro da cavidade pericárdica, que bombeia o líquido sanguíneo (hemolinfa), fazendo-o circular das artérias às diversas partes do corpo.
Em outros é aberto ou lacunar, com o líquido sanguíneo passando das artérias para cavidades entre os tecidos denominadas hemocelas. A hemolinfa possui o pigmento hemocianina, semelhante à hemoglobina que faz o transporte das substâncias.

Anelídeos

O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, com vários "corações" na parte anterior do corpo, que são vasos cujas paredes musculosas bombeiam o líquido sanguíneo. Há um pigmento semelhante à hemoglobina, mas que não está dentro de células e sim dissolvido no líquido sanguíneo.

Artrópodes

Possuem um coração tubular dorsal dividido internamente em câmaras com válvulas que as separam, chamadas de óstios. Alguns insetos tem corações acessórios.
Para saber mais: Corpo Humano e Sistemas do Corpo Humano.

Sistema Cardiovascular

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O sistema cardiovascular ou sistema circulatório humano é responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e o oxigênio por todo o corpo. O Sistema Cardiovascular é formado pelos vasos sanguíneos e o coração.
Sistema Cardiovascular
Veja mais detalhes sobre o sistema circulatório humano e de outros animais.

Vasos Sanguíneos

Os vasos sanguíneos constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos por todo o corpo. Existem três tipos de vasos sanguíneos: as artérias, as veias e os vasos capilares.

Artérias

As artérias são vasos do sistema cardiovascular, por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para as outras partes do corpo.
A musculatura das artérias é espessa, formada de tecido muscular bastante elástico. Permite, dessa maneira, que as paredes se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco.
As artérias se ramificam pelo corpo e vão se tornando mais finas, constituindo as arteríolas, que por sua vez se ramificam ainda mais formando os capilares.

Veias

As veias são vasos do sistema cardiovascular que transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração. Sua parede é mais fina que a das artérias e, portanto, o transporte do sangue é mais lento. Assim, a pressão do sangue no interior das veias é baixa, o que dificulta o seu retorno ao coração. A existência de válvulas nesses vasos, faz com que o sangue se desloque sempre em direção ao coração.
Importante destacar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e diversas outras) transporta o sangue venoso, ou seja, rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.
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Vasos Capilares

Os vasos capilares são ramificações microscópicas de artérias e veias, que integram o sistema cardiovascular, formando uma rede de comunicação entre as artérias e as veias.
Suas paredes são constituídas por uma camada finíssima de células, que permite a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico) do sangue para as células e vice-versa.

Coração

O coração é um órgão do sistema cardiovascular que se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. Possui a função de bombear o sangue através dos vasos sanguíneos para todo o corpo.
É oco e musculoso, envolvido por uma membrana denominada pericárdio, e internamente as cavidades cardíacas são revestidas pela membrana chamada endocárdio. Suas paredes são constituídas por um músculo, o miocárdio, sendo o responsável pelas contrações do coração.
O miocárdio apresenta internamente quatro cavidades: duas superiores denominadas átrios (direito e esquerdo) e duas inferiores denominadas ventrículos (direito e esquerdo). Os ventrículos possuem paredes mais grossas que os átrios.
O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito e o mesmo acontece do lado esquerdo. No entanto, não há comunicação entre os dois átrios, nem entre os dois ventrículos.
Sistema Cardiovascular
Para impedir o refluxo do sangue dos ventrículos para os átrios existem válvulas. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula tricúspide, já entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a mitral ou bicúspide.
O coração possui dois tipos de movimentos: a sístole e a diástole. A sístole é o movimento de contração em que o sangue é bombeado para o corpo. A diástole é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de sangue.

Pulsação

A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida do coração.
Por esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial, é possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
Importante destacar que o coração é um órgão que funciona em ritmo constante. As irregularidades no seu ritmo, indicam o mau funcionamento do coração, caracterizadas pelas arritmias cardíacas.
As arritmias podem se manifestar com palpitações, dificuldades respiratórias, dor no peito, tonturas e desmaios.

Sistema Urinário
O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no organismo.
O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins

Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada.
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de Bowman.
Sistema UrinárioDetalhe de um Rim, mostrando em detalhe o Néfron.
Por conseguinte, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada Néfron, que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.
Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo renal.
Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido, atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Observe no esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no néfron.
Sistema Urinário

Vias Urinárias

As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra.
Sistema Urinário

Bexiga Urinária

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar.
Na parte inferior da bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres

São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins para a bexiga.

Uretra

Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.

Sistema Urinário Masculino

Sistema UrinárioAnatomia Masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.
O sistema urinário masculino, difere do feminino na medida em que a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis.

Sistema Urinário Feminino

Sistema UrinárioAnatomia feminina mostrando órgãos do sistema urinário e reprodutivo.
O canal da uretra no sistema urinário feminino, que estende-se da bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.
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Doenças do Sistema Urinário

Muitas doenças estão associadas ao sistema urinário seja nos rins ou nas vias urinárias (ureteres, bexiga e uretra).

Doenças Renais

Nefrite

A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a superdosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas, como o mercúrio, o que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da pressão.

Hipertensão Arterial e Problemas Renais

Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se acumulam no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem renal nas pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças renais.

Infecções Bacterianas

Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio da uretra causando infecção bacteriana.

Doenças nas Vias Urinárias

Cálculos Renais

Sistema UrinárioEsquema da formação e localização de um cálculo no rim.
Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem se alojar nos rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta concentração de cálcio ou de outros tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no caso a urina).

Cistite

A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra no ato de urinar e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.

Uretite

A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente junto com a cistite.
Para saber mais: Corpo Humano e Sistemas do Corpo Humano.

Sistema Reprodutor Masculino
O Sistema Reprodutor Masculino é formado por órgãos internos e externos, que passam por um lento amadurecimento concluindo-se na puberdade, ou seja, quando as células sexuais ficam disponíveis para originar outro ser.

Anatomia do Sistema Reprodutor Masculino

Sistema Reprodutor Masculino
Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: testículos, epidídimos, canais deferentes, vesículas seminais, próstata, uretra e pênis.

Testículos

Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos seminíferos".
Nos testículos são produzidos os espermatozoides, as células reprodutoras (gametas) masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios.
O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc.
Sistema Reprodutor MasculinoAnatomia interna do testículo

Epidídimos

Os epidídimos são canais alongados que se enrolam e recobrem posteriormente a superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozoides, produzidos no testículo, são armazenados.

Canal Deferente

O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Passa pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade abdominal, circunda a base da bexiga, alarga-se formando uma ampola.
Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra.
O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o “esperma” ou “sêmen”.

Vesícula Seminal

A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que neutraliza a ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra.
O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina, evitando que os espermatozoides morram no caminho até os óvulos.

Próstata

A próstata é uma glândula, localizada sob a bexiga, que produz o "líquido prostático", uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma.
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Uretra

A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sêmen a a urina.
Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra.

Pênis

O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecidos: cavernoso e esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função reprodutora).
O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sêmen).
A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual, pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o homem tem um sonho à noite.

Doenças do Sistema Reprodutor Masculino

O.câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40 anos. Os sintomas são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, presença de sangue na urina, entre outros
Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos sendo que o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor. Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista (médico especialista nos sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos.